sexta-feira, 30 de março de 2012

Primeiro Amor - Capítulo II : A nova vida


Depois de uma pergunta tão inesperada, fiquei surpresa e sem saber o que responder. Pensei um pouco e achei que um simples "sim" daria certo. 
- Ah, sim. Sinta-se a vontade.
Chegamos mais perto um do outro pra poder conversar melhor e realmente se conhecer.  Perguntei seu nome de maneira simples e objetiva. Com medo de que alguma coisa poderia dar errado, tirei os fones do ouvido e me concentrei no que ele iria dizer.
- Meu nome é Matt. E o seu?
Belo nome. Matt. Talvez seria o nome que eu mais falaria durante o ano. Fiquei um pouco rosada, naturalmente, por achar que talvez ele não gostasse do meu nome assim como eu gostei do dele. Tomando coragem, disse claramente:
- O meu é Coutney.
Pela expressão dele, achei que já tinha ouvido piores, mas talvez não era o melhor. Respirei fundo, sentindo o cheiro da primavera no ar. Deu um ar de paz e tranquilidade dentro de mim. Fiquei feliz com aquilo, nos últimos dias me senti tão angustiada que meu corpo não relaxava mais. Senti que tudo poderia voltar ao normal e como sempre foi, estava me sentindo mais livre.
Mas sem querer interromper a nossa conversa, perguntei a Matt, que ano ele estava. Respondeu num ar sério que estava no primeiro ano do ensino médio, assim como eu. Logo de cara, achei que pudéssemos ser colegas, mas não, ele estudava na turma da sala 72, ao lado da minha, 73.
Terminei que comer meu lanche, que tinha comprado no bar da escola e na última mordida, o sinal para voltar a sala de aula tocou. Procurei minha turma, aquelas garotas e garotos cheios de estilo e fiquei perto da porta de entrada, a próxima aula seria literatura.
A professora chegou, entramos na sala, sentamos nas mesmas carteiras que nas aulas anteriores, pegamos o caderno e escrevemos algumas informações sobre a aula, além de colar a folha de exercícios. Já estava meio cansada da escola, não via a hora de voltar para casa e assistir um filme. Ah, droga, tinha me esquecido da promessa que fiz ao meu pai. Ir ao supermercado e comprar algumas coisas que faltavam pra casa, já que eu sabia que meu pai não iria fazer esse tipo de atividade, me dediquei inteiramente a cozinha da casa. Mesmo sem saber cozinhar muito bem.
Comecei a sentir um enjoo e acabei cochilando na aula mesmo. Minha cabeça doía e eu me sentia um pouco tonta. Acordei quando todas as cadeiras foram arrastadas pra trás, na hora da saída. Levantei e continuei andando. A professora perguntou se estava tudo certo comigo e eu respondi que sim, era apenas um mal-estar. Saí pelo portão da frente e caminhei cinco quarteirões até chegar em casa. Abri a porta da frente, joguei a mochila no sofá da sala e fui para a caixa de remédios, procurar alguma coisa que poderia melhorar minha dor.
Peguei um copo d'água e tomei meu comprimido. Passei a mão nos cabelos, ajeitei a blusa e tirei os tênis. Abri a geladeira e comecei a fazer uma lista do que precisava comprar. Ovo, leite, farinha, biscoito, frutas, legumes, arroz. Precisava ir ao supermercado urgentemente.
Peguei a bolsa grande floral que tinha comprado na Califórnia, coloquei celular, dinheiro, identidade e a chave de casa. Entrei na loja e comecei a ler a lista que tinha feito pra não esquecer de nada. Depois de ter escolhido tudo, caminhei até o caixa e paguei as compras. Agarrei as sacolas e voltei para casa. Pronto. Já podia começar o almoço de hoje.
Cozinhei um pouco de arroz e fritei uns ovos. Meu pai, Max, chegou quando a mesa já estava arrumada, esperando por ele. Servi nos pratos e começamos a comer. Eu e meu pai tínhamos uma ligação muito forte depois que minha mãe nos deixou, então, conversávamos de tudo um pouco. Perguntei como foi seu dia e ele perguntou o que eu tinha feito na escola. Falei dos meus novos amigos e que ainda teria muita coisa com que me acostumar, mas que não iria desistir. O que provavelmente era verdade.
Durante o almoço, uns barulhos estranhos faziam eu imaginar até o impossível. Eram estalos na madeira, pessoas correndo e algumas músicas altas que me davam alguns sustos. De repente, ouço uma batida na porta.

sábado, 10 de março de 2012

Sem Limites - Capítulo I : Coisas mudam

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Acordei mais uma vez com o som do celular, era a Claire me ligando. Acho que minha mãe nunca iria me acordar mesmo. Desisto.
- Sim ?
- Annabel! Vamos logo, faltam cinco minutos para o ônibus vir nos buscar, corre! Vou desligar para você se arrumar ok? Tchau. - ela mal deixou eu me despedir. Bem, eu ainda tinha algum tempo.
Com pressa, me vesti e escovei os dentes. Fiz um rabo de cavalo mal feito e com alguns fios caídos, não era de um todo ruim. Sai correndo e calçando os sapatos, preferi não me despedir de minha mãe e de minha irmã. A propósito, acho que ela faltará mais uma vez do colégio. Fui correndo.
- Aleluia! Vem, eu mandei o motorista te esperar...Entre aqui.
Agradeci depois. Eu não sei o que seria de mim sem a Claire, ela era tudo o que eu não tinha em minha própria casa. O caminho do meu ponto até a escola não é muito longo. Em um tempo de quinze minutos e mais três pontos diferentes, chegamos.
Claire e eu estávamos esperando o sinal da primeira aula para que pudéssemos entrar na sala. Ficar no pátio vezes cansa. Conhecíamos todos os alunos do colégio, exceto um, que acabara de entrar pelo portão. Certamente, ele era diferente dos outros caras que entram pelo portão todos os dias. Tinha alguma coisa nele que me deixava intrigada.
Seu cabelo era um pouco desarrumado e desgrenhado na franja jogada de lado, de um preto quase azulado. Seus olhos eram azuis, como uma safira. Parecia um desenho cheio de detalhes e perfeito, mas só a aparência não me contentava. Havia mais alguma coisa além do perfeito que eu enxergava.
Fui falar com ele. Claire tentou me perguntar para onde eu ia, mas sai depressa.
- Oi! - eu disse um pouco animada e esperando que ele me ignorasse.
- Ahn...Oi! - respondeu-me com o mesmo tom de animação - Qual seu nome?
- Annabel. Hummmm, e o seu?
- Logan. Logan Anderson. - então era esse o nome do garoto desconhecido bonito - Lindo nome, e incomum. - ele riu.
Ri de volta. Fiquei quieta por um tempo e sem querer, comecei a observar os detalhes nele que de longe eram difíceis de ver.
- Será que poderia me ajudar por hoje?
- Cla... - minha palavra foi cortada pelo sinal - Quero dizer, claro que sim. Eu acompanho você, no que precisar. Qual é sua aula?
- Matemática. Minha sala é o terceiro ano do ensino médio. - Indiquei o caminho para ele e fui correndo para Clair.
Perguntou-me tudo que havíamos conversado, nada demais. Apenas contei a ela.
Fomos caminhando normalmente até a sala, eu não tinha pressa, nem um pouco mesmo.
Agora seriam três longas aulas; física, química e português, respectivamente. Sinceramente, meu professor favorito é de física, o melhor que eu já tivera. A sala toda simpatizava com ele, inclusive eu.
- Bom dia classe! - toda vez ele chegava com entusiasmo para que pudesse nos deixar bem atentos a sua aula - Vamos começar no módulo nove, página oitenta e seis por favor.
A matéria não era tão difícil, e a aula fora divertida, como sempre. As outras duas aulas, passaram rapidamente, diferentemente do que eu imaginara, foram igualmente divertidas e proveitosas também.
“TRIIIIIIIIIIIIIIIM”.
- Recreio classe, podem se retirar. Bom divertimento para vocês. - disse-nos a professora de português delicadamente, ao contrário de certos alunos, que mal responderam-na e já foram correndo para a lanchonete garantir o pão de cada dia.
Bem, eu sempre sou uma das últimas a sair, juntamente com Claire, somos pessoas muito calmas. Nos despedimos dela, e saímos, andando, para o refeitório.
- E então? - disse-me minha melhor amiga.
- E então o quê? - eu detesto a maneira como ela me fazia perguntas incompletas.
- Não disse que iria ajudar o Logan?
- Ele vai saber se virar. - pelo menos era o que eu achava - Já é bem grandinho não acha?
Claire consentiu com a cabeça. Sentamos numa mesa em frente a cantina. Que barulho! De repente, quando eu menos esperava, apareceu o menino dos olhos azul-safira vindo em nossa direção.
Talvez ele não fosse tão grandinho assim. Pediu para sentar-se conosco e sendo educadas, dissemos que sim. Ela me virou um olhar como se dissesse “eu bem que te avisei”  e eu apenas ignorei. Quando ela está certa, faz questão de mostrar isso, mas eu já me acostumei.
- Me desculpe, Logan. Não nos conhecemos ainda, certo? Sou Claire, muito prazer!
- Sem problemas, Claire. Vejo que a Annabel já comentou sobre mim. - ele sorriu e olhou para mim. Automaticamente sorri de volta.
- O que posso dizer? Somos garotas. - fiquei sem graça de dizer isso, poderia ter ficado quieta. Riram de mim depois que demonstrei o quanto a minha fala fora sem nexo.
- Só você mesmo, amiga...
- Ah, Logan, precisa de ajuda em mais alguma coisa? - cortei o clima de deboche comigo - O recreio já está acabando... Precisa pegar algum material? Sabe onde ficam os armários?
- Nossa Annabel, se pudesse me mostrar isso, ficaria muito grato!
- Claire, se importa se eu o acompanhar sozinha?
- Sem problemas... Eu tinha que fazer algumas coisas a mais mesmo. - mentiu, ela nunca deixa nada para última hora.
Fomos caminhando até a sala dos armários, que nós chamamos de almoxarifado, onde deixamos apostilas, cadernos e afins.
- Quantos anos você tem? - perguntou-me.
- Completei dezesseis mês passado... Você tem dezessete certo?
- Sim, fiz dezessete no fim do ano. - sorriu de novo para mim.
A escola era bem grande, então o caminho de um lugar a outro geralmente demorava dez minutos, por escadas e corredores que não acabavam mais. Ficamos em silêncio por um tempo, até ele arrumar outro assunto.
- Há quantos anos mora aqui?
- Desde que nasci. Sou de cidade pequena mesmo e pouco viajo, até que gosto desta cidade sabe? É calma, sem muitos conflitos, para mim é melhor assim.
- Entendo... - ouve uma pause, talvez estivesse pensando no que iria dizer - Você tem namorado?
- Não. - acho que disse friamente demais, não ligava para isso - Acho que... Eu gosto, por enquanto, de ser apenas eu. - dei de ombros. Ele me seguiu - É aqui nesta sala. Mais alguma coisa? - eu havia mudado o tom de minha voz, estava mais séria.
- Acho que não preciso, não... Obrigado! - respondeu-me. Dei um sorriso de dever cumprido e fui embora, para minha sala.
Em certo momento na quinta aula, passei mal e fui encaminhada para a enfermaria. Claire foi comigo até lá, mas não poderia perder a aula por minha causa. A diretora permitiu que eu fosse para casa descansar, voltei para a sala, arrumei minhas coisas e esperei minha mãe no pátio de entrada, ela não demorou tanto.
Cheguei em casa e fui direto para cama. Além de tonta e passando mal, estava confusa, sobre o Logan. Por que ele queria saber se eu era solteira? Só curiosidade? E aqueles sorrisos para mim, seriam apenas sorrisos mesmo? Será que eu estaria vendo coisas demais? Não estava entendendo mais nada.
Eu devia estar ficando louca. Afinal, acabei de conhecer o garoto e diga-se de passagem, eu mal o conheço. Talvez o jeito dele me atraia. Não, é claro que não. Nunca fora assim, não seria agora que eu mudaria.
Precisava me desligar um pouco, a única coisa a fazer, seria deitar e apagar, num sono profundo, por um bom tempo. Foi o que fiz.

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Primeiro Amor - Capítulo I : O começo de tudo

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Escola nova é um saco. Tem toda aquela história de adaptação, se enturmar com os colegas, pegar o ritmo da turma e dos professores, e blá blá blá. Realmente muito chato. Eu nunca consigo me acostumar direito e já tenho que mudar de novo. Odeio ser filha de diretor de cinema! Isso me incomoda muito.
Há dois anos atrás meus pais se separaram, e depois disso minha mãe foi morar na Inglaterra. Lá, ela conheceu um cara, tiveram um relacionamento e construíram uma família. Desde então, eu não recebo ligação dela nem no dia do meu aniversário. Sei lá, tudo mundo tem pena de mim, mas eu acho que prefiro assim, não quero que ela volte, já sei lidar com a minha vida sem ter uma companhia materna.
Bem, mas não é bem isso que mais me incomoda quando tenho que ir a uma escola nova. O que me tira qualquer alegria, por mínima que seja, é a minha aparência. Tenho uma pinta gigante no meio da bochecha, nada de bunda, nada de peitos e os joelhos super saltados. É, acho que sou mais feia do que pensava, mas enfim, não quero piorar a situação.
Sentei em um banco e fiquei olhando no relógio, pra ver quanto tempo faltava pra aula começar. Me senti meio sozinha... Queria ter uma melhor amiga pra poder conversar. Em questão e segundos, a maior avalanche de alunos que eu já vi na minha vida, veio em direção as salas de aula, com mochilas carregadas de livros e conversando com gritos e risadas.
Percebi que estava na hora da aula começar, então, procurei a sala número 73 e me juntei com as meninas que estavam conversando por lá. Quando cheguei, dei oi pra todas, mas apenas uma delas me respondeu com a maior simpatia. As outras, me olharam da cima a baixo e quando chegaram na minha bochecha, olharam com uma cara de nojo terrível.  É, logo no primeiro dia, percebi que o ano não seria nada fácil. Disse que me chamava Coutney e que tinha vindo da Austrália junto com meu pai. Por incrível que pareça, foi só eu dizer isso que todas elas viraram minhas "amigas de infância", mas eu não cai nessa. Vi exatamente quem seria minha amiga e quem me deixaria de lado.
Olhei em volta para ver os meus outros colegas e logo a frente, tinha um grupo de meninos conversando. Nada de mais nem de menos, porém um deles chamou minha atenção. O garoto de cabelos loiros e olhos claros, fez eu sentir que apesar de não ter as melhores colegas do mundo, eu teria um ano cheio de aventuras.
Entrei na sala de aula, e começamos a escrever um pouco no caderno de Física. Era uma professora jovem, se apresentou, disse que seu nome era Katani, tinha 28 anos. Achei ela muito simpática, acho que vou conseguir gostar de Física nesse ano, mas não garanto nada. Ao longo da aula, percebi que a turma se dividia em três partes: garotos populares e bonitos, garotas populares e bonitas, e os alunos novos, onde eu me incluía.
Estava com fome, queria comprar algo pra comer na cantina, mas o tempo não passava de jeito nenhum. A senhorita Katani perguntou meu nome, queria saber de que escola eu tinha vindo.
- Coutney, eu nome é Coutney. Na verdade eu vim da Austrália com meu pai, vamos morar uns tempos aqui. - terminei de falar e ganhei um sorriso simpático, tentei corresponder da mesma forma. Acho que fiz minha primeira amiga na escola nova, tomara que continue assim.
Quando o sinal para a hora do intervalo tocou, arrumei os lápis e canetas, coloquei os cadernos na mochila e segui caminhando em direção ao pátio da escola Não tinha reparado antes, mas os jardineiros faziam um ótimo trabalho. O aroma de grama recém cortada invadia meu corpo, causando alegria e bem estar. Cheguei perto do balcão da cantina e perguntei o que dava pra comprar com cinco reais. Decidi comprar um cachorro quente e uma lata de refrigerante.
Sentei em um canto do banco de madeira, devorei meu lanche e peguei o iPhone pra escutar uma música e tirar o sentimento de solidão. Comecei a imaginar o que a música queria dizer e de repente, senti uma mão no meu ombro, alguém me chamando. Tirei os fones do ouvido e vi que o menino diferente, sentado na outra ponta do banco perguntou com uma voz ingênua:
- Posso conversar com você?

terça-feira, 6 de março de 2012

Welcome!

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Hey my dears :3
How are you ? I hope fine!

Muito prazer! Eu sou Duda, a garota que ama escrever e divide esse sonho com a Luly. Por causa dessa nossa vontade de expressar sentimentos, resolvemos expressá-lo em forma de textos, fanfics, e aqui, no caso, web novelas. Elas são como livros, mas um pouco mais curtas e postadas por capítulos em sites, como este.
Aqui serão postados todos os tipos de "novelas" mini livros. Romance, aventura, suspense, comédia. Vamos aperfeiçoar nossos "dons" aqui e trazer de tudo para que possam se encantar pela leitura.
Por enquanto, estamos produzindo duas web novelas, uma de cada uma. Ambas sobre romance e afins. Se quiser conhecer mais a minhaclique aqui - se chama Sem Limites. Caso queira conhecer a da Lulyclique aqui - se chama Primeiro Amor. Em breve serão postados os primeiros capítulos, é só acompanhar nosso site! 
Obrigada pela atenção!
xoxo,
Luly e Duda.